sábado, 2 de abril de 2011

Palestra sobre os jovens e a Sida em Portugal

 
 

Os jovens e a SIDA em Portugal

Doenças sexualmente transmissíveis

As doenças de transmissão sexual são doenças de tipo infeccioso ou parasitário nas quais a transmissão sexual tem uma importância epidemiológica, se bem que nalgumas delas este não seja o mecanismo de transmissão primária ou exclusivo.

O conceito de doenças de transmissão sexual substitui o de «Doenças Venéreas», que se usou até aos finais dos anos setenta, e não se refere unicamente às clássicas doenças, como a sífilis, a gonorreia, o cancro mole, etc. A importância que as instituições de saúde públicas dão actualmente às doenças transmitidas por contacto sexual é o resultado da sua elevada incidência que mesmo com os programas preventivos, estão a aumentar das suas graves consequências económicas, sanitárias e sociais.

SIDA

A SIDA quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A palavra adquirida indica-nos que a Sida é transmitida através de uma a outra pessoa. Apesar de uma mulher grávida que contém a Sida poder transmitir ao seu bebé durante a gravidez, a Sida não é algo que herdamos, como a cor do cabelo, dos olhos, etc. Esta também não é uma doença que possa surgir sem qualquer causa externa e visível, como o cancro, etc.

Imunodeficiência quer dizer: Imuno-sistema imunitário do corpo. O sistema imunitário é aparte do corpo que combate as infecções. A função deste sistema é combater os organismos que invadem o nosso corpo.

Uma deficiência significa que existe uma falha de qualquer coisa ou que ela não é suficiente para funcionar correctamente. Assim, imunodeficiência significa que o sistema imunitário duma pessoa não é suficientemente forte para funcionar como deve ser e que lhe falta capacidade para combater.

Se juntarmos estas três palavras temos o significado de SIDA. Uma pessoa com SIDA tem um conjunto de condições ou sintomas (síndrome) que indicam que ela foi infectada por um vírus (adquirido) que lhe enfraquece o sistema imunitário ao ponto de certas substâncias que seriam destruídas em condições normais, conseguirem agora sobreviver e provocar infecções e doenças (imunodeficiência).

 

Enquadramento histórico da SIDA

Em 1981, CDS de Atlanta, que é o organismo que nos Estados Unidos da América faz o controlo e vigilância das doenças, descreve pela primeira vez uma nova síndrome de causa desconhecida em que existia uma falha no sistema imunitário. Em 1982 a OMS (Organização Mundial de Saúde) aceita o termo de Sida para identificar esta nova síndrome. Em 1983, os investigadores Luc Montagnier do instituto Pasteur de Paris e Robbert Gallo Do instituto Nacional do Cancro dos E.U.A. descobrem que a Sida se deve aos efeitos provocados pelo V.I.H. no organismo.

Trata-se de um Vírus de forma redonda, com retrovíros no seu código genético de acção lenta, o que quer dizer que os seus efeitos não se manifestam imediatamente.

A origem do vírus ainda hoje permanece desconhecida. Uma das hipóteses mais prováveis é que um vírus da mesma família do que hoje chamamos VIH que existia nos macacos verdes africanos possa ter passado destes para o homem, mercê de costumes alimentares utilizando miolos de macaco ou por rituais desertas tribos africanas envolvendo sangue daqueles animais.

Outra hipótese fala de um desequilíbrio ecológico que teria obrigado o vírus para sobreviver, a encontrar um novo hospedeiro, visto certas espécies de macacos se encontrarem em extinção.

Na década de 70 e a ida da África Central, o VIH teria chegado as Caraíbas no organismo de imigrantes infectados.

Nesta altura estava na moda, entre homossexuais norte americanos, passar férias nas Caraíbas onde mantinham contactos sexuais com os habitantes da ilha. Ao mesmo tempo os naturais desta ilha emigravam para os E.U.A para sobreviverem, vendiam sangue, que em muitos sacos continham o VIH.

Provavelmente foram estas as razões que levaram a que em 1981 os primeiros casos nos E.U.A. fossem descritos em homossexuais e hemofílicos.

Através da comercialização do sangue e/ ou seus derivados em todo o mundo, e também através de pessoas portadoras do vírus que mantinham relações sexuais sem protecção e partilhavam seringas ou objectos que penetravam a pele, foi-se disseminando a infecção pelo resto do mundo.

Em Portugal, o primeiro caso de Sida foi diagnosticado em 1983.

Em 1985, descobre-se a forma de detectar a presença do vírus através de uma análise ao sangue. A partir desse momento estabelece-se nos países em desenvolvimento um controlo rigoroso de todo o sangue e derivados antes de serem utilizados para qualquer tratamento.

Neste período (1981-1985) descobrem-se e definem-se as formas de transmissão do vírus de uma pessoa para outra, os mecanismos que conduzem à falência do sistema imunitário e as medidas de prevenção para evitar a transmissão do VIH/SIDA.

Em 1985 a investigadora portuguesa Odette Ferreira, em colaboração com o instituto Pasteur de Paris, isola um outro vírus de estrutura semelhante ao VIH. A partir de então passam a designar-se estes vírus por VIH-1 e VIH-2.

O que é o VIH?

O VIH é um vírus que parasita o organismo humano, pode aí permanecer «silencioso» ou «escondido» durante meses ou anos e destruindo lentamente o sistema imunitário.

Portanto, muitas vezes, as pessoas que parecem estar em perfeita saúde podem, sem o saber, transmitir o vírus a outras pessoas. Contudo, parece não haver dúvidas de que com o tratamento médico adequado, menos pessoas infectadas viriam a desenvolver a Sida.

Sabe-se actualmente que a doença provocada pelo VIH é uma doença crónica que pode ser controlada, tal como a diabetes ou a hipertensão arterial.

O VIH transmite-se através dos seguintes líquidos orgânicos: o sangue, o esperma, as secreções vaginais e o leite materno.

O VIH entra no organismo através das membranas mucosas ou por contacto directo com o sangue.

O vírus não atravessa a pele intacta: só se houver uma ferida ou corte que facilite a sua entrada.

O vírus não se transmite pelo ar, através dos espirros ou da tosse. Por isso não há qualquer perigo no contacto social quotidiano com pessoas infectadas pelo VIH, como o brincar, conversar, apertar a mão ou abraçar.

Os jovens em Portugal, apesar de informados, continuam a ter comportamentos de risco, muitos têm relações sexuais desprotegidas expondo-se a contrair doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Além do número de jovens infectados entre os 15 e 25 anos serem os mais elevados da UE. O número de grávidas adolescentes tem vindo a aumentar, sendo este também o mais elevado entre os países da UE.


É urgente ajudar os jovens a ser assertivos!

 

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